terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


Um dia você vai estar sozinha, e vai fechar os olhos e tudo estará negro.
Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar.
Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço.
Nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar.
Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai lembrar-se da minha ternura e do meu sorriso tímido infantil.
Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você e só vão ter algumas musicas repetindo no seu radio, as nossas.
Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho novamente.
De novo, o nome disso é SAUDADE, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando finalmente discar meu numero, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender.
E se você bater em minha porta ela estará trancada, e se estiver aberta mostrara uma casa vazia.
E seus olhos te ensinarão o que são LAGRIMAS, aquelas que eu te disse que ardiam tanto, e sempre persistiam em rolar sobre minha face.
O nome do enjôo que você vai sentir é ARREPENDIMENTO, e a falta de fome que vira, logo depois chama-se TRISTEZA.
Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados, por admiração te olharão.
Você encontrara a  famosa SOLIDÃO,  a partir daí o que acontecerá, chama-se SURPRESA, e provavelmente o remédio para todas essas sensações
Acima...


...é o tal do TEMPO em que você tanto falava!


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